Crónicas do Sol da meia noite (Tomo VI)

– Dia 5 [Jokkmokk]
A noite foi muito estranha… a tenda não isola minimamente da luz… e portanto é como estar dentro de uma tenda de dia… um pecado segundo os ensinamentos dos nossos chefes. O que me valeu nesta noite ainda foram uma cena dos voos de longo curso que se coloca nos olhos ;).


Estavamos verdadeiramente cansados, mas resolvemos ir até a Jokkmokk… a pé. 30 minutos para cada lado.


Jokkmokk é uma vila, perdida algures no norte da Suecia… mas ao contrário do que poderia parecer tem muita vida. Começamos por visitar uma igreja que… não era aquela que realmente queriamos ver. Rápidamente nos demos conta do equivoco. De seguida fomos ao museu Sammi (o povo do norte). Gostei bastante do museu… pena foi que não existia nada em lingua inglesa… e o meu sueco não vai mais longe que “olá, sim, não, muito obrigado”… O que vale é que o dinamarques não é muito diferente e sempre que foi preciso pedi a tradução .

A paragem seguinte foi no Turismo. Queriamos fazer um Hike, queriamos um mapa e indicações. Estava decidido, no dia seguinte partiriamos para Kvikkjokk (não, não me esqueci de tirar o dedo do k) a cerca de 100km para noroeste, mesmo nas imediações do Parque Sarek.

Com o mapa na mochila seguimos para a tal igreja que queriamos ver. Passamos pelo supermercado. Há sempre qualquer coisa de que nos esquecemos. Mesmo em frente existia um restaurante italiano, operado por indianos, no norte da suecia… tudo a ver. entramos sentamo-nos e pedimos. Uma coisa porreira por estes lados, o pão e a água são de borla (para quem consome) portanto se se quiser poupar na bebida…

Enquanto esperavamos o António e a Tine foram comprar uma bússola, pois a que tinhamos estava avariada.

Não me lembro dos pedidos de toda a gente… mas lembro-me do que pedi. Pizza Submarino. Tinha a forma do Yellow submarine, e era composta entre outros ingredientes por carne de rena e por pai natal (hehehe, no local das janelas, tinha 3 montinhos de doce cor de rosa (blue berry acho eu)). Comeu-se bem.

Regressamos ao parque de campismo, tomamos uma banhoca, descansamos e fizemos o jantar. No dia seguinte tinhamos 100 km pela frente, antes de apanhar um barco as 9h da manha… Pela 2ª vez dormi a norte do circulo polar, deitado na tenda a olhar para o tecto branco ainda iluminado pela claridade na noite polar comecei a contar… renas. Adormeci.

This entry was posted on Saturday, November 18th, 2006 at 11:07 am and is filed under Nórdicos, Viagens. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.

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